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MTur estuda incluir novo conceito de hospedagem no SBClass

Atualizado em: 24, jan, 2012

Eles são os novos “queridinhos” dos turistas brasileiros. Requintados, charmosos, acolhedores e intimistas, viraram objeto de desejo para uma parcela de viajantes que está disposta a pagar por um altíssimo nível de exclusividade, personalização e atendimento perfeito para viver uma experiência extraordinária. São os hotéis-boutique: empreendimentos de luxo criados para mimar poucos – e exigentes – hóspedes.

Acompanhando o movimento de expansão dessa proposta no Brasil – há pelo menos 35 deles espalhados pelo país, hoje -, o Ministério do Turismo estuda incluir o novo conceito de hotelaria no SBClass (Sistema Brasileiro de Classificação dos Meios de Hospedagem). A primeira solicitação de empreendimentos dessa categoria para ingressar no sistema do MTur partiu do Boutique Hotel Casa Teatro, pioneiro do segmento, em Manaus (AM).

Segundo a proprietária do estabelecimento, Cláudia Mendonça, participar do SBClass é sinal de profissionalização e credibilidade no mercado: “É antes de tudo, um respeito às regras e ao hóspede. Acredito que essa vigilância do Ministério do Turismo é uma espécie de controle de qualidade também”. Para a empresária, a chancela do MTur garante “maior visibilidade nacional e internacional e divulga Manaus como uma cidade que tem os padrões de hotelaria exigidos pelo do governo federal”.

O Casa Teatro atrai, sobretudo, “pessoas que trabalham com alto nível de estresse, que buscam calmaria e aconchego. O que fazemos é oferecer um espaço onde esse visitante se sinta absolutamente em casa, num ambiente elegante, com tratamento intimista e decoração diferenciada”, define Claudia. O hotel, inaugurado em agosto do ano passado, com 14 apartamentos, deve lançar a primeira expansão em março, com nova novas suítes. “Recebemos russos, franceses, italianos, americanos e brasileiros… Sim, o brasileiro está viajando mais!”, destaca Mendonça.

LUXO & ALTO PADRÃO

As razões para o sucesso do conceito são muitas: produtos, espaços e serviços fora do comum; conforto acima da média; mimos, facilidades e pequenos luxos de toda sorte. A vontade do hóspede é suprema, tanto quanto é soberano o poder de compra do consumidor do mercado do luxo no país. De acordo com o estudo “O mercado do Luxo no Brasil – ano V”, realizado pela MCF Consultoria & Conhecimento e pela GfK Brasil, o faturamento da indústria de luxo brasileira, em 2011, deve se aproximar dos R$ 20 bilhões, alta de 33% sobre os R$ 15,7 bilhões registrados em 2010.

No turismo de luxo, algumas cidades brasileiras foram “redescobertas” e devem se destacar no segmento, durante os próximos três anos. A previsão é do estudo “The Future of Luxury Travel”, realizada pela International Luxury Travel Market (ILTM). Florianópolis (SC), Fernando de Noronha (PE) e Trancoso (BA) são os destinos brasileiros emergentes deste mercado, de acordo com o levantamento.

Para Carlos Ferreirinha, presidente da MCF C&C, o cenário brasileiro para o mercado do luxo está entre os mais promissores do mundo. “Há um grande potencial de crescimento para o mercado do luxo no Brasil. Esta é uma tendência que se confirma”, diz Ferreirinha.

Por enquanto, o mercado do luxo está restrito a 2,5% da população brasileira, o que representa cerca de 4,8 milhões de consumidores, segundo a MCF C&C. Mas o tamanho desse universo deve crescer rapidamente. Empresários entrevistados pela consultoria revelaram ser favoráveis à ampliação do acesso às marcas: 71% acreditam que a tendência do luxo, no Brasil, é a democratização. Isso inclui, por exemplo, tornar produtos mais acessíveis às chamadas “classes aspiracionais” – a volumosa classe C, novo motor do consumo do país.
É natural que, quando o assunto é luxo, contas com muitos dígitos logo venham à cabeça. Mas as tarifas dos hotéis-boutique são menos assustadoras do que o turista pode imaginar: no Casa Teatro de Manaus (AM), por exemplo, as diárias partem dos R$ 120.

SURPREENDER SEMPRE

Os hotéis-boutique são empreendimentos caracterizados pelo pequeno porte e pelo restrito número de quartos (normalmente, entre 3 e 60): o principal diferencial é ser um projeto desenvolvido para “privilegiados”. Tamanho, para essas pérolas da hotelaria, decididamente, não é documento. Onde há poucas pessoas para serem atendidas e um padrão de excelência em atendimento a cumprir, a satisfação do cliente é altíssima.

Agradar ao visitante é a lei da casa. Eles têm à disposição as mais variadas formas de se fazer alguém feliz: sofisticados menus de travesseiros, cardápio exclusivo de alta gastronomia, cartas de vinhos e de espumantes preciosos, serviços de concierges que tentam “antecipar” os desejos do hóspede, facilidades e modernidades da tecnologia e muito charme e glamour em espaços inusitados – como uma piscina aquecida dentro do quarto, com vista para a paisagem mais linda da cidade. Esses exemplos reais, embora para alguns turistas possa parecer “fricote”, são categoricamente cobiçados por muitos viajantes brasileiros.

Prova disso é a criação do clube de vantagens “Circuito Elegante”, uma rede formada por 20 mil viajantes do país, que busca algo em comum: máxima qualidade e fino trato em suas estadas pelo Brasil. Eles têm à disposição uma central de atendimento exclusivo, serviços diferenciados e uma série de mordomias em 120 hotéis e 25 restaurantes de altíssimo padrão, que passam por uma inspeção rigorosa antes de se integrarem a essa “coleção” de primeiríssimo quilate.
Segundo Priscila Bentes, diretora e criadora do circuito, a ideia surgiu há oito anos porque “cresceu a necessidade do turista de ter um excelente equipamento hoteleiro à disposição, mas também cresceu o interesse das empresas em identificar qual é o cliente que procura esse tipo de infraestrutura”, explica.

Todos os hotéis selecionados para a rede se enquadram no conceito de “elegância” que a diretora considera a “alma” do negócio. “Para mim, elegância é um equilíbrio: tenho hotéis rústicos, que mantêm chefs de cozinha de primeira qualidade, travesseiros de pluma, decoração impecável e excelentes serviços. Também temos tradicionais hotéis em capitais, pousadas, hotéis para viagens a trabalho, resorts, hotéis ecológicos, hotéis para famílias… E cada um vai atender a esse conceito de uma maneira diferente”, define Bentes. Entre os critérios avaliados pela dirigente, o primeiro é a localização do empreendimento. “Não só o tipo de hotel, mas também a qualidade do destino, que deve ser altamente desejado pelo cliente. Avalio pessoalmente se a cidade onde está aquele hotel também se encaixa nesse conceito de elegância”, conta Priscila.

A inspeção dos hotéis também inclui os seguintes critérios: comprometimento do proprietário do estabelecimento com a qualificação dos colaboradores e na prestação de um serviço impecável, colchões com nível de excelência comprovado, amenities especiais, presença de ofurô ou banheira de hidromassagem, spa com atendimento diferenciado, cozinha gourmet, chef de cozinha renomado, adega, ar condicionado Split, televisão com tela de LCD… A lista de exigências é grande, o que garante o padrão de “elegância” que leva a marca do circuito.

Outro diferencial é o nível de personalização. “O cadastro do cliente nos informa qual é o vinho que não pode faltar na adega daquele viajante, quais os itens indispensáveis para ele, o número do roupão de banho, se possui alguma dificuldade de locomoção, qual seu suco preferido e outras preferências”, esclarece Priscila Bentes. Com base nas preferências informadas pelo associado, o ‘Circuito Elegante’ recomenda hotéis que atendem a cada perfil de turista.

Ao reservar o hotel pelo site do ‘Circuito’, está automaticamente garantido ao cliente que todas as suas preferências de viagem serão cumpridas à risca, desde o momento do check in. Caso algum imprevisto aconteça, outro serviço gratuito e exclusivo está à disposição: uma central telefônica oferece um concierge para atendimento imediato, que pode providenciar desde passeios de helicóptero, a cavalo ou a bordo de um barco no destino desejado, até a reserva de restaurantes, compra de tíquetes para shows ou entrega de presentes especiais.

Na avaliação da diretora, o que fascina as pessoas, hoje, são as experiências que o turismo proporciona. Viajar não é mais “sair de casa” e ser feliz significa ser surpreendido. “O que justifica é um serviço surpreendente, que proporciona momentos inesquecíveis”, garante Priscila. Além do tratamento especial, os associados participam de sorteios de viagens, acumulam pontos que podem ser transformados em “upgrades” de acomodações e desfrutam de benefícios oferecidos por empresas parceiras. A diária média dos hotéis do catálogo vai de R$ 500,00 a R$ 1.000,00.

CONCEITO NOVO

A hotelaria-boutique é um conceito novo que faz sucesso no mundo. Surgiu por volta dos anos 80, na América do Norte e Inglaterra. Tradicionais destinos brasileiros – como a Serra Gaúcha (RS), Búzios (RJ), Salvador (BA), Jericoacoara (CE) e São Paulo (SP) – já possuem estabelecimentos dessa categoria. A proposta, que ainda é pouco difundida no Brasil, deve ganhar espaço, nos próximos anos, em toda a América do Sul.

Embora não seja um requisito obrigatório, na maioria desses hotéis todos os objetos estão à venda: dos quadros de parede às toalhas e roupões de banho – daí vem o nome “boutique”.

Fonte: Mtur

 

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