PIB de Ribeirão cresceu 10% em 2012 e cidade está entre as 30 mais fortes do Brasil
Uma franquia de qualificação profissional para a construção civil, uma grande indústria de café com 40 anos de mercado e um microempreendedor que presta serviço de manutenção em casas.
Mesmo com perfis de mercado e histórias diferentes, esses negócios têm uma característica em comum: contribuíram para tornar Ribeirão Preto uma cidade mais rica em 2012. Dados do IBGE mostram que a cidade é a 28ª com maior Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil e essa riqueza cresceu 10% ante 2011, puxada principalmente pelo setor de serviços. “Abrimos a franquia em 2012 e crescemos. Nosso faturamento aumentou 30% neste ano”, diz Bruno Ciola, diretor do Instituto da Construção.
Já a fábrica da Utam, segundo a diretora Ana Carolina Soares de Carvalho, aumentou em 19% seu faturamento em 2012. E o microempreendedor Cláudio Silva comemora a decisão de abrir o próprio negócio. “2012 foi o ano em que tudo melhorou pra mim.”
Maior movimentação é do setor de serviços
Ribeirão Preto tem desenvolvimento econômico maior do que sete capitais, puxado principalmente pelo setor de serviço. É o que mostra o levantamento do PIB, divulgado ontem pelo IBGE.
O avanço de 10% no PIB entre 2011 e 2012 significou uma melhora em três posições no ranking da riqueza nacional, da 31ª para 28ª em 2012. “É um indicador positivo”, diz o economista Jair Casquel Junior.
Para o economista Fred Guimarães, da Associação Comercial e Industrial de Ribeirão (Acirp), esse avanço também tem relação com a maior representatividade de classes mas baixas na cidade. “Ribeirão é polo de consumo, o que gera e faz circular a riqueza.”
Setores
Segundo o IBGE, que faz a divisão em setores para calcular o PIB, a categoria de serviços tem participação de 74% no PIB local, deixando Ribeirão em 19º lugar no ranking.
“Reforçando a característica da cidade como polo no setor de serviços, gerando renda e empregos”, afirma Casquel. Enquanto isso, a indústria representa apenas 15,6% da riqueza local, e caiu cinco posições no ranking, da 60ª em 2011 para 65ª em 2012.
Para Marcelo Maçonetto, gerente regional do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), os números refletem a tendência nacional de queda na indústria.
“Isso mostra que a indústria está sofrendo, o que é muito preocupante, pois mais cedo ou mais tarde vai acabar afetando outros setores como o de serviços e comércios”, frisa Maçonetto.
Sertãozinho e Franca tiveram queda
Na microrregião, a participação de Ribeirão Preto no PIB é de 66%. Em 2011, a cidade representava 64%.
As cidades de Sertãozinho e Franca, que se destacaram em riquezas em 2011, tiveram um pior resultado em 2012. Sertãozinho teve queda de 3% no PIB em 2012, ficando em R$ 4,2 bi. Em 2011 o município, que ocupava a 73ª posição no ranking das 100 cidades com maior geração de renda no setor industrial, nem apareceu no levantamento. O PIB da indústria passou de R$ 1,9 bi em 2011 para R$ 1,6 bi em 2012.
Já Franca, com PIB total de R$ 6 bilhões, continua se destacando na categoria de serviços. Mas, mesmo com os números positivos, a cidade caiu três posições no ranking nacional do setor, ficando em 86º lugar, com PIB de R$ 4 bilhões.
Nenhuma das duas porém, aparece na lista das 100 mais ricas do País. Já Ribeirão deixou para trás as capitais Maceió (AL), Natal (RN), Florianópolis (SC), João Pessoa (PB), Aracaju (SE), Porto Velho (RO) e Macapá (AP). São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília lideram o ranking.
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