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Ribeirão tem programa de referência contra a tuberculose

Atualizado em: 8, abr, 2013

Os 134 pacientes recebem supervisão constante, que chega ao ponto de esperar doentes engolirem a medicação

Medicamento entregue na mão, no horário certo, com supervisão de funcionários da saúde – que aguardam o paciente engolir os comprimidos. Parece coisa de Primeiro Mundo, mas é o programa supervisionado para o tratamento de doentes de tuberculose da secretaria da Saúde de Ribeirão Preto.

Apesar de pouco falada, a tuberculose ainda mata. Dados extraoficiais apontam que, em 2012, 19 pessoas morreram por causa dela em Ribeirão Preto, de um total de 164 casos diagnosticados. Em 2011 foram 31 mortes nos 208 casos que foram registrados.

“É uma doença silenciosa, precisa ter cuidado”, afirmou a coordenadora do Programa de Controle da Tuberculose e Hanseníase da Secretaria da Saúde, Lis Aparecida de Souza Neves.

Hoje, segundo ela, o programa tem 134 pessoas em tratamento e a prioridade é fazer com eles sigam, rigorosamente, todas as etapas. Isso porque o uso de medicamentos tem de ser feito durante seis meses, sem interrupções.

Um esquecimento pelo caminho e o bacilo da tuberculose pode se tornar resistente aos antibióticos, prejudicando o sucesso da cura.

Lis Neves explica que essa é uma diretriz da Organização Mundial de Saúde para o tratamento da doença. “Se nós mesmos esquecemos de tomar medicamentos quando estamos fazendo algum tratamento de alguns dias, imagina um que tem a duração de seis meses”, explica.

Ajuda

O cabeleireiro Mário César Constâncio Filho, 33 anos, diz que o tratamento em casa ajuda bastante. “É muito bom. Eles me acordam quando batem no portão, porque eu não costumo acordar cedo. Depois que comecei o tratamento meu apetite voltou”, explica.

Já o ajudante geral José Alves Santos, 36 anos, espera pela equipe da saúde na calçada de casa, já com a caneca de água na mão.

“É mais fácil para a gente. Com certeza ajuda muito”, afirma. Além dos comprimidos, os pacientes ainda recebem orientações sobre alimentação, possíveis reações aos comprimidos e outros sintomas que apareçam durante o tempo de medicação.

Projeto foi implantado há 15 anos

O programa passou a ser adotado Ribeirão Preto em 1998, quando alcançava um índice de 65% de cura dos pacientes. Em 2009, esse percentual chegou a 85%.

A coordenadora do Programa de Controle da Tuberculose e Hanseníase, Lis Aparecida de Souza Neves,  disse que as visitas feitas  priorizam idosos, crianças ou pacientes que tenham duas ou mais doenças.

A melhoria do índice de cura pode ter a ver com a redução da taxa de abandono. “Na década de 1990, o abandono era de 10%. Hoje, é menor do que 3%”, explica.

O tratamento domiciliar é o mesmo oferecido na unidade. Os técnicos levam quatro antibióticos, em alguns casos uma vitamina, para o paciente ingerir com um copo com água, sempre no mesmo horário. Depois de dois meses, passam a ser ministrados apenas dois antibióticos durante os outros quatro meses.

(Da Redação.Fonte: Jornal A Cidade)

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